“O homem pode fazer o que quiser, mas não pode escolher o que vai querer”.
Schopenhauer (1788 – 1860).
“Humm, acho que hoje eu vou me apaixonar por um rinoceronte…”
Sinto muito, mas não rola. O desejo não se submete ao politicamente correto.
Não é só no nosso tesão que não mandamos, é também no nosso conceito de beleza. Ele está todo atrelado a outro desejo sinistro: o de eugenia.
Eugenia tem a má fama do nazismo, da busca pela “raça pura”, e outras coisas politicamente incorretas de dar calafrios.
Mas ela significa simplesmente “boa origem”, aquilo que queremos para nossos filhos: saúde e força, inteligência e garra, destreza e habilidade.
Por isso, somos levados a ver beleza em quem tem saúde, fertilidade, força, inteligência, garra, habilidade, poder, segurança, autoestima etc.
Essa gente nos atrai. Não sabemos, mas é a mãe natureza nos empurrando para uma procriação mais bem sucedida em termos de… mais procriação.
Dois exemplos:
1. Mucosas coradas e os batons. De vez em quando, tentam emplacar batons “modernos” em tons de verde ou de branco. Nunca colam. Os que permanecem são os da gama do vermelho (“não sou anêmica, viu?”).
2. Simetria facial. Não tem jeito, os assimétricos nos repugnarão sempre…
A CRIAÇÃO ORIGINAL - A TEORIA DA MENTE SEGUNDO FREUD
Disponível em: https://7letras.com.br/livro/a-criacao-original/