(Publicado em 01 de fevereiro de 2012)
Sempre me interessei pela busca da felicidade, mas encontro tantas dificuldades no caminho… O que se pode fazer?
Chico Anysio contava uma anedota em que um time de futebol de várzea sempre ia para a partida de caminhão. Invariavelmente o caminhão enguiçava e eles tinham que empurrá-lo na ida e na volta. Até que um jogador perguntou: “Mas, afinal, por que trazemos o caminhão?”
Empurramos variados caminhões pela vida afora que nos alugam o tempo, roubando nossa busca pela felicidade. Uns são inevitáveis, como a burocracia, as doenças, físicas ou/e mentais, a sobrevivência, os filhos (que podem ser uma alegria, mas não deixam de ser caminhõezinhos) e os impostos. Não podemos suprimi-los, mas lutar para que se transformem de um Scania-Vabis de 18 rodas numa pick-up leve é o bom combate, tomando providências. Algumas políticas (burocracia; governo; impostos), algumas pessoais (criando bem os filhos; educando-se; cuidando-se melhor).
Outros são inventados por nós mesmos. “Arranjar sarnas para se coçar” é um ditado que mostra essa tendência. Obrigações sociais, familiares e religiosas exageradas são um bom exemplo. Por que você tem que sustentar seu cunhado parasita, afinal? Por que você tem que arrastar seu marido àquele batizado no subúrbio? Por que você tem que mimar seus filhos? E por que limpar os rejuntes com cotonetes?
Examine seus caminhões e talvez você possa ir trocando-os por viaturas mais leves, abrindo espaço para a busca da felicidade.