(Publicado em 01 de fevereiro de 2012)
Big-brother terminou, e confesso que fiquei fascinada por ele. Isto faz de mim uma idiota?
Não. Confesso que, se você me perguntasse isso há alguns anos, eu ficaria reticente na resposta. Mas, com o passar do tempo, e mesmo sem assistir ao programa, só ouvindo o que os pacientes dizem dele, fui entendendo que há dois fatores que fazem do BBB um marco histórico na TV brasileira: o primeiro é que é um programa altamente passional apropriado pela audiência. Não há registro anterior de tal fato. As telenovelas tiveram o seu tempo em que as pessoas as comentavam dizendo que “estavam passando pelo quarto da empregada e viram que…” Esta época passou, e as novelas se tornaram um marco de reflexão sobre os costumes para a maior parte do povo brasileiro. E a audiência quase que se apropriou delas, induzindo seus caminhos através de pesquisas de opinião. Diria que o BBB está naqueles tempos, evoluindo para o atual. A diferença é que o público do BBB premia ou pune semanalmente o comportamento de seus “atores”. A audiência é o patrão! Eles são os verdadeiros Grandes Irmãos.
O segundo fator é o Pedro Bial. Nem sei dizer se ele é o segundo. Ao longo de 8 anos ele vem se tornando cada vez mais espontâneo, compassivo, respeitoso, brincalhão, didático, usando uma bagagem de conhecimento, uma inteligência e uma capacidade de adaptação de linguagem espantosa, na mais delicada forma de expressão televisiva: a TV ao vivo! Definitivamente, você não é idiota.