Para o aluno do Santo Inácio que fui, o conceito de sublimação tinha muita importância: ela era o meio pelo qual os padres “redirecionariam” seus instintos sexuais tidos como “baixos”, para um propósito “sublime, de amor e dedicação ao próximo.”
A sublimação não seria um mecanismo de defesa; a sublimação parece ter sido concebida como um expediente idealizado do Superego de “remover instintos baixos por meio de um reinvestimento de sua energia em direção a um propósito sublime, superior”, portanto ela contém em si um julgamento de valor.
A sublimação foi descartada por Freud justamente por isso: ela é mais uma peça de propaganda, das idealizações do Superego, que um mecanismo psíquico regular.
Aliás, o descarte de Freud foi literal: depois de escrever sobre sublimação, ele olhou o texto, olhou outra vez… e atirou-o na lareira.
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