Estar na moda faz parte do arsenal de qualificações que prometem tornar alguém atraente, portanto é da natureza humana, como as penas do pavão são da natureza e do arsenal dele.
Fazer drama sempre chamou a atenção, pois situações dramáticas tocam nossos instintos de sobrevivência - pela ameaça e urgência que anunciam. Por isso, o drama sempre foi arma do Superego, sempre foi artifício de domínio, sempre foi emburrecedor, pois pede reação e impede a reflexão.
Portanto, há momentos na história em que o drama e a moda se sobrepõem, já que ambos nos são atraentes: se eu faço drama, estou no lugar do Superego, estou “acima de todos”. Se eu somo isso a estar na moda, “eu sou o máximo”!
Há poucos momentos na história em que essa soma de drama e moda se somaram de forma tão bizarra, e tão irracional, quanto na morte de Rodolfo Valentino: centenas de mulheres se suicidaram (!) por “não suportarem viver num mundo sem ele”. Elas se imolaram em nome de suas “grandezas de espírito”.
Moda e drama se somam hoje para exibir a superioridade moral dos ofendidos das causas identitárias, do politicamente correto, dos “suicidadores dos outros” (através do cancelamento e da censura).
Penas de pavão…
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