“Pensar fora da caixinha” expressa capacidade criativa. Mas, de que caixinha se está falando?
Refleti sobre isso quando um aluno me perguntou a que eu devia minha criatividade em psicanálise, e assim me dei conta da sorte que tive na vida: minha formação psicanalítica não se deu dentro de nenhuma caixinha, não fui filiado a nenhuma instituição.
A caixinha em questão se refere à tribo de amparo, aquela de que não se pode divergir sem risco de expulsão. Aquela que formata nosso Superego assustador: “olha lá, hein?”
As crianças são criativas enquanto não são postas em caixinhas limitadoras e impositivas. Como exemplo, eu adorei ler livros desde criança, pois era um brinquedo só meu.
Mais tarde, as escolas puseram os livros dentro da caixinha do dever de casa… e nunca mais as crianças leram, pois transgressão é uma triste forma de submissão às caixinhas…
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