Não há cenários melhor para examinar o uso de drama pelo Superego, de como o Superego é capaz de transformar a menor coisa num “duro”, num sacrifício a ser combatido com o “dane-se” do vício, fazendo dessa menor coisa um drama: “ah, que horror, que drama, tenho que lavar a louça!”
O que torna irresistível aquela palavrinha que equivale ao “dane-se”: “Depois, depois eu faço…”
Todos os vícios são fruto de uma guerra entre a construção e o imediatismo; todos os vícios obedecem a uma linha de montagem.
O mundo externo pede preparo, aprendizado e construção para que se lide bem com ele, a coisa é necessária, mas não é imediata nem pronta.
Se a construção for monopolizada pelo Superego, por cobrança, por imposição, por chantagem moral e por drama (“faça isso, senão ninguém vai gostar de você!”), haverá uma pressão enorme para tocar um “dane-se” para o Superego, em favor de um prazer imediatista, que virá de várias formas: dos vícios de substâncias e dos de comportamento (sexuais ou não).
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