sábado, 23 de setembro de 2023

FORA DO ALCANCE DA PSICANÁLISE: NEURODIVERGENTES

 



As doenças psíquicas que a psicanálise é capaz de tratar (e de buscar sua cura, é o que defendo) são alterações do software causadas pela criação, mesmo quando há gatilhos genéticos (como nos vícios e na depressão, p.ex.).

Já nas neurodivergências, o psicanalista vai precisar de auxílio externo, farmacológico ou de outras especialidades. Como já precisava, no caso de doenças físicas, ou mesmo nas depressões, que requerem medicação.

Mas como essas são problemas de hardware cerebral que afetam o comportamento e as emoções, a fronteira é menos clara. Um psicanalista menos informado (ou mais onipotente) pode acreditar que é só assunto dele.

É um momento de humildade científica, para o psicanalista. O momento de saber seus limites e de procurar por quem possa vir em auxílio de seu cliente.

As neurodivergências mais comuns são: autismo, TDAH, dislexia, discalculia, dispraxia, síndrome de Tourette e bipolaridade. É preciso saber diagnosticar (ou pelo menos suspeitar do diagnóstico) e buscar ajuda externa. 



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