De Franklin Santos: Pode haver empatia por sentimentos e comportamentos nocivos, socialmente antiéticos?
Francisco Daudt: A empatia não implica endosso, concordância, anuência ou adesão ao outro. Nem sequer julgamento.
Ela se restringe a tentar entendê-lo. Entender não é concordar. Eu entendo o mecanismo da doença psíquica para melhor desmontá-la. A psicanálise é, portanto, um exercício contínuo de empatia.
Agora, através da empatia eu posso descobrir afinidades, áreas de boa troca, e aí sim, ter vontade de aproximação.
É assim que se constrói o amor companheiro, que, diferentemente da paixão, sabe onde pisa e a quem está realisticamente elegendo como parceria.
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