Apesar de "compaixão" e "simpatia" significarem a mesma coisa, suas conotações são diferentes.
Compaixão vem do latim: cum (com, junto) + passio (sofrimento), sofrer junto com o outro.
Simpatia vem do grego: sin (junto, mesmo) + pathos (sofrimento).
No entanto, compaixão parece peninha, e simpatia parece afinidade.
Empatia, do grego "endos" = dentro + "pathos", é a capacidade de olhar dentro do outro e ver seu sofrimento. É algo mais clínico, um pouco mais distante, mas também virtuoso.
Aristoteles definiu a virtude como algo que mora entre sua falta e seu excesso.
Assim, as três virtudes acima moram entre o narcisismo extremado e a abnegação mártir, o "people pleasing" absoluto, a devoção completa aos interesses do outro.
Eu defendo que, se um cliente não nos desperta um mínimo de compaixão ou simpatia, mesmo que sejamos capazes de vê-lo por dentro (empatia), é melhor passar para outro profissional que as tenha.
Compaixão e simpatia são fundamentais às funções de pai e de mãe, que a psicanálise terapêutica exige para funcionar bem.
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