Tenho horror de prefácio.
Ainda mais num livro que foi escrito para quem não lê, para quem lê só textos pequenos em mídias sociais, para viciados em telinha, para leigos interessados em psicanálise, mas que, com justa razão, largam a leitura ao primeiro termo complicado, para estudantes de psicanálise que querem entender o que leem.
Eu gosto de nheengatu. Os descobridores perguntaram como se chamava a língua daqueles índios que eles encontraram no litoral. “É nheengatu”, disseram os índios. “Mas o que isso quer dizer?” “É língua de gente”, responderam.
Pois então: meu livro fala de psicanálise em língua de gente.
E chega de prefácio.
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