Perguntado sobre o que achava da utopia socialista de igualdade e de modificação cultural do ser humano para eliminar dele a ganância e a inveja, Edward O. Wilson, o pai da sociobiologia, respondeu:
“Eu acho lindo. Pena que se aplique à espécie errada. Se fosse às formigas, térmites e abelhas – que são geneticamente iguais – iria funcionar plenamente. Mas com o sapiens, é um problema. Nós somos uma espécie de indivíduos geneticamente únicos. Se há algo que caracterize nossa espécie, é justamente a diferença que sempre teremos, uns dos outros.”
Mas então, que igualdade é essa da qual tanto se fala e pela qual tanto se luta? Ah, trata-se da igualdade democrática. O pilar da democracia é a igualdade, não entre indivíduos, mas de oportunidades e perante às leis.
Fora dessa, todos teremos o direito de ser diferentes, e de termos nossas diferenças respeitadas, desde que elas respeitem a Constituição.
O Pelé terá talentos assombrosos que eu posso até intimamente invejar (“que injustiça, eu não ter nascido assim”). Mas que, no aprendizado do respeito pelas diferenças, posso vir a apenas admirar…
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