domingo, 14 de agosto de 2022

A FILOSOFIA COMO BASE DA POLÍTICA

 



O Stephen Kanitz me sugere que investir no comunitarismo é bom remédio para uma sociedade mais justa e unida, em vez do cultivo do ódio, que resulta no atual galopante tribalismo fodão-merda.

Respondi com algumas reflexões, em busca de um caminho:

“Ética a Nicômaco”, de Aristóteles x Imperativo categórico kantiano:

Sempre fui um admirador da ética aristotélica, o reverso do que sinto pela ética kantiana.

O imperativo categórico é o retrato do Superego, a cristalização do mal-estar na cultura; é o total desrespeito com o indivíduo e suas circunstâncias.

A ética aristotélica contém a flexibilidade que contempla o indivíduo e suas singularidades. Se a virtude está, não no meio, mas em algum ponto entre seu exagero e sua falta (a coragem, em algum ponto flexível entre a temeridade inconsequente e a covardia), ela contemplará as variáveis individuais.

O problema, como sempre, é o pensamento binário da maioria. Como seduzir as pessoas à contemplação da complexidade? Como fazer ver que os interesses da comunidade são também interesses do indivíduo?

O que remete à minha frase preferida, de Freud: “A virtude precisa ser recompensada ainda nesta Terra, ou a ética pregará em vão”.






Nenhum comentário:

Postar um comentário