“Como qualifica sua experiência com os antidepressivos?”
Francisco Daudt: Como ótima. Eles são uma ferramenta preciosa para a psicanálise, pois retiram o sofrimento e assim liberam a inteligência do cliente para que possamos tratar do software, que é o objetivo dela.
Andei vendo que há antidepressivos específicos para modalidades diferentes de depressão. Dois em especial me chamam a atenção: o Bromidrato de Citalopran (nome comercial: Cipramil, e outros) e o Oxalato de Escitalopran (nome comercial: Lexapro, e outros).
O Citalopran brilha em depressões típicas (falta de graça na vida e pensamentos catastróficos), mas é um espetáculo naquelas com uma característica pouco conhecida: a irritabilidade e os ataques de fúria. Já preveni que muitos clientes fossem parar na delegacia, por causa da lei Maria da Penha, porque eles estavam usando Citalopran, e nunca mais tiveram ataques de fúria.
O Escitalopran é ótimo na depressões que se acompanham de fobias, síndrome do pânico e ideias obsessivas invasivas.
Lembro-me sempre de Freud dizendo que, no futuro, ele esperava que houvesse fármacos a produzir nos clientes melhoras que a psicanálise não conseguia.
Querido professor, esse tempo chegou!
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