Em termos simplistas, existem interesses conflitantes entre homens e mulheres, quando o assunto é sexo. Como mulheres engravidam e homens não, elas querem casamento que lhes ajudem a criar filhos, e eles querem sexo sem pensar em filhos.
Essas são as bases para a “guerra dos sexos”: eles prometem casamento para obter sexo; elas prometem sexo para obter casamento.
Como resultado de uma soma de fatores – autoestima, aparência, crenças, desejos, formação, genética etc. – os homens desenvolverão duas principais estratégias de conquista sexual: o “papai” e o “cafajeste”. Não se trata de uma escolha consciente, mas de algo que vai crescendo neles sem que se deem conta. Abaixo, seguem caricaturas desses perfis.
1. “Papais”: costumam ter baixa autoestima sexual, têm a crença de que as mulheres são todas santas, que eles devem supô-las sem desejo, que apresentar seu desejo a elas será algo insultuoso, que elas precisam ser tratadas com reverência, que se ele as quer, deve oferecer muitas indenizações prévias ao crime de desejá-las, tais como promessa de casamento, de provimento, de proteção, de ter muitos filhos, de apresentá-la logo a amigos e família, de oferecer-lhes compromisso.
2. “Cafajestes”: dividem-se em dois grupos.
a) Cafajeste do mal. Sofrem de donjuanismo compulsivo. Sua autoestima parece alta, mas não é. Têm o vício sadomasoquista do tipo fodão-merda, exibe sua fodonice para os amigos como forma de afirmação. Sua estratégia é enganadora, pois despreza as mulheres, há mesmo um componente misógino de vingança contra elas. Ele as iludem com falsas promessas e juras de amor, mimetizando um “papai”, mas depois que as usam, eles as descartam e partem para a próxima.
b) Cafajeste do bem: autoestima sexual muito elevada, não se exibe, é discreto, não é predador. A beleza desse tipo é que ele respeita e admira as mulheres, gosta delas de verdade. A chave de seu sucesso é considerar que elas têm desejo sexual, sim, tal como ele, e que sua abordagem vai acrescentar felicidade à vida delas, pois vai permitir que desfrutem desse desejo sem culpa nem compromisso. Não prometem nada, nem elas pedem nada de volta, pois o encontro sexual acaba sendo uma troca justa, um jogo de ganha-ganha.
O último é um tipo raro, secretamente invejado por todos os homens que não o são, e secretamente (ou não tão secretamente) adorado pela imensa maioria das mulheres.
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