Repetindo: em termos simplistas, existem interesses conflitantes entre homens e mulheres, quando o assunto é sexo. Como mulheres engravidam e homens não, elas querem casamento que lhes ajudem a criar filhos, e eles querem sexo sem pensar em filhos.
Essas são as bases para a “guerra dos sexos”: eles prometem casamento para obter sexo; elas prometem sexo para obter casamento.
Em termos caricaturais, são duas as estratégias sexuais femininas para atingir esses objetivos: a “Santa” e a “Puta”.
“Santa”: são mulheres de alto valor de acasalamento (em inglês, “mating value”), e sabem disso. São jovens, férteis, belas, gostosas. Esses itens são muito mais valiosos para uma mulher que para um homem, já que o tesão masculino é principalmente visual. Faz parte da injustiça e da desigualdade atroz com que a mãe natureza trata os sexos.
Além disso, têm boa situação social, recebem constantemente essas reafirmações vindas de seu entorno, estão portanto em situação de escolher os melhores parceiros. São “difíceis” de ser levadas para a cama por um homem, pois “eu não sou dessas”. Ele precisará apresentar-lhes altas credenciais de qualificação e sinais de comprometimento, de desejo de “algo mais sério” do que um simples encontro sexual.
“Puta”: têm baixo valor de acasalamento, seja pela idade, pela aparência, pela condição social. Intuem, a partir daí, que não podem pedir alto preço para conceder acesso sexual aos homens, sobretudo aos de grande valor de mercado.
Uma anedota misógina diz que as mulheres só diferem no preço cobrado pelo sexo: umas cobram casamento, outras “são dessas mulheres que só dizem sim; por uma coisa à toa, uma noitada boa, ou um corte de cetim”.
Sendo assim, cederão com facilidade ao desejo masculino de sexo, operando no atacado (enquanto a Santa opera no varejo, é muito mais seletiva). A mãe natureza se virá atendida, pois haverá filhos em ambas. Atualmente, a segunda conta com os testes de DNA, que podem, mesmo se não lhes dão marido, dar provedor para seus filhos.
Disclaimer: como toda caricatura, a acima desconsidera a complexidade, a variação, os desejos amorosos, as interações afetivas, o amor companheiro que pode surgir entre casais. O desenho caricato é um pontapé inicial, simplório, para se começar a pensar a partir das bases biológicas.
Lembrando: retratar a realidade não é defendê-la. A bactéria é natural; o antibiótico é totalmente antinatural. É preciso conhecer a realidade, assim como é preciso conhecer a bactéria que nos pode matar.
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