“Eu nunca entraria para um clube que me aceitasse como sócio”
(Groucho Marx 1890-1977)
A frase é uma síntese perfeita de como o Superego de um obsessivo opera: “você é o máximo; você é o mínimo. Você é um fodão; você é um merda”. “Se um clube aceita como sócio um merda como eu, claro que um fodão como eu não vai querer entrar lá”.
O Superego do obsessivo estabelece metas inalcançáveis: “Você tirou dez? Não fez mais que sua obrigação. Você tirou 9,8? Por que não tirou dez? É pra isso que eu pago escola para você? Pra me fazer passar vergonha?”
Um obsessivo nunca desfruta dos 90% que realizou; ele só vê os 10% que faltaram. Nunca admira um queijo; ele só observa – e critica – seus buracos.
Ele está em constante comparação com os outros: para criticá-los abertamente (merda são eles) e para criticar-se secretamente (merda sou eu).
Por aí se vê a injustiça em que ele foi metido: no tribunal em que vive (!), não existe advogado de defesa; só promotor e juiz. Ah, e as leis são tirânicas.
Por isso, cabe ao psicanalista ser seu advogado de defesa, rever os autos, questionar as sentenças e as leis em que se basearam.
Só assim ele pode ser libertado da prisão em que foi metido: ela se chama Complexo de Édipo.
DO MOMENTO QUE NOS COMPARAMOS, JÁ ESTAMOS PERDENDO, POIS SÓ NOS COMPARAMOS COM QUEM ACHAMOS QUE É SUPERIOR A NÓS.
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