De Helena Flávia de Rezende Castelo Branco: “Há muitos casos em algumas famílias. Existe genética para suicídio?”
Francisco Daudt: Helena, não existe hereditariedade para o suicídio, mas… existe para depressão. E para piorar, existem os modelos familiares de identificação, “ah, meu irmão se matou, então…”.
Vamos no ainda pior: o sentimento de culpa face ao suicídio pode ser devastador, e detonador de depressão (se houver gatilho genético, mais ainda). O familiar sobrevivente se sente indigno de ser feliz, e às vezes indigno de viver.
O suicídio pode ser contagioso: quando Goethe publicou “Os sofrimentos do jovem Werther”, no século XVIl, houve uma epidemia de suicídios entre jovens.
O mesmo se deu em várias outras ocasiões, p.ex. quando Rodolfo Valentino morreu e várias “viúvas” não puderam tolerar um mundo sem ele. A imprensa é extremamente cuidadosa sobre o assunto por causa disso.
Pois é: até o modismo influencia suicídios.
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