O Arcebispo de Usher (1581-1656) fez uma cronologia da vida na Terra baseada em estudos bíblicos e de outras fontes, de tal maneira concluiu que a criação do mundo ocorreu no dia 23 de outubro do ano 4004 antes de Cristo (a. C.) pelo calendário juliano. Na época, a afirmação foi amplamente aceita.
Quando, no século XIX, começaram a aparecer fósseis de dinossauros, mostrando que a Terra era muito mais antiga, um sucessor dele deu uma explicação fascinante e irrefutável:
“Mas é claro, a Terra foi sim criada por Deus há 6 mil anos. Mas foi criada com um passado, assim como Adão: Deus o criou com um passado, ou ele não saberia o que fazer no paraíso, iria se comportar como um bebê. Ele não nasceu de ventre de mulher, mas como tinha um passado, também tinha umbigo. Os dinossauros são o umbigo/passado da Terra!”
O meu fascínio é que a história do arcebispo de Usher define o que separa ciência de fé: tudo que for irrefutável não será matéria de ciência, será assunto de fé.
As propostas/hipóteses da ciência PRECISAM ser vulneráveis à refutação, pois almejam a busca do verdadeiro. Só se aproximam da verdade aquelas que ainda escapam da refutação possível.
A CRIAÇÃO ORIGINAL - A TEORIA DA MENTE SEGUNDO FREUD
Disponível em: https://7letras.com.br/livro/a-criacao-original/
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