domingo, 14 de fevereiro de 2021

“O que dizer sobre o instinto materno e o relógio biológico?” - O AMIGO PERGUNTA

 


O AMIGO PERGUNTA 
Zoraya Therezinha Silva: “O que dizer sobre o instinto materno e o relógio biológico?”

Francisco Daudt: Há uma preciosa observação recente sobre essa conversa entre natureza e cultura (nature/nurture): a influência do feminismo nas decisões sobre maternidade. 

Com o número crescente de mulheres que mandam na própria vida, cresceu também o número daquelas que decidiram não ter filhos, ou deixar isso para o mais tarde possível.

Acompanhei algumas, no consultório; outras, nas relações pessoais e pela mídia, pois é assunto que me desperta a curiosidade. Elas relatam ter sofrido muita pressão de amigas e parentes para que engravidassem, para abandonar uma decisão que incomodava as outras. Umas poucas – muito poucas – congelaram óvulos, para o caso de mudarem de ideia. 

De modo que minha impressão geral é de que, quando a ideia de realização pessoal de uma mulher é formar família (ou quando isso é o senso comum de seu meio), o tal “instinto materno” impera e o relógio biológico causa grande ansiedade.

Mas se a mulher muda de cabeça (e, por consequência, de meio), esse “instinto” passa para um segundo ou terceiro plano.


 
 A CRIAÇÃO ORIGINAL - A TEORIA DA MENTE SEGUNDO FREUD


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