(Publicado em 31 de janeiro de 2012)
O Sr. uma vez escreveu, acho que no seu livro “O amor companheiro”, que todas as mulheres esperam 100% de dedicação e entrega de seus homens, mas que se eles cederem a isso, serão imediatamente desprezados por elas. Mas eu tenho vocação para gueixa, quero que meu marido saiba que sou 100% dele, quero agradá-lo completamente, me entregar a ele. Corro o mesmo risco?
Não. Os homens são diferentes das mulheres. Você tem o que se chama de “servidão voluntária”, o que é encantador para a maioria dos homens. Os homens sonham com mulheres que os admirem, que queiram entendê-los, que se entreguem a um amor incondicional, como o das mães, que não os cobrem nem os critiquem. Seu exemplo da gueixa não é por acaso. As mais bem sucedidas no Japão recebem uma fidelidade incomparável de seu “Domo”, seu senhor. É claro que há aqueles que precisam de uma mulher desafiadora, a quem precisem conquistar a cada momento, como um reflexo de seu fetiche. As feministas da igualdade vão se irritar com isto, vão querer me massacrar. Mas sua postura acolhedora do “descanso do guerreiro” permite que você seja feliz como dona de casa, porque isto é uma escolha sua. Não é que seja “a postura certa” aplicável para todas. Mas a grande maioria das mulheres traz dentro de si um ovo de jararaca, que eclode e ganha força frente a um marido banana. Se a jararaca ficar forte, elas serão infelizes. Quanto mais banana comerem, mais jararacas ficarão. Eis porque os homens precisam manter uma tensão, ao não se entregarem por inteiro. Isto mantém o desejo delas por eles, porque o admiram, pois não o dominam. Sua estratégia, fruto do seu desejo, pode ser fonte de felicidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário