(01 de fevereiro de 2012)
Tenho lido muita coisa sobre as elites, principalmente contra. Afinal, o que são as elites?
Elite é uma palavra que vem do francês, significa “os eleitos”, os escolhidos. O presidente Lula, por exemplo, pertence às elites. Não importa de que origem sejam, se eles ascenderam social ou culturalmente, são elite. A igualdade democrática é esperada frente à justiça: “todos são iguais perante à lei”. Não existe outra. Sabemos que as diferenças existem. Uns mais belos, outros mais inteligentes, ou mais cheios de sabedoria. O livro “A cabeça dos brasileiros”, de Alberto Carlos de Almeida, pôs abaixo a crença da sabedoria ética do “proletariado”, um dos mais prezados mitos da esquerda brasileira. Ao propor a questão “Se alguém é eleito para um cargo público, deve usá-lo em benefício próprio”, obteve uma resposta positiva de 40% dos analfabetos, e de 3% de pessoas de nível superior ou mais. Isso significa que quanto mais educação um indivíduo ganha, mais valor ético ele absorve. A chave da questão está na batalha que o candidato à presidência Cristóvão Buarque travou. Ele era o samba de uma nota só: educação. Quanto mais educação, mais elite, mais valores éticos, mais capacidade de pensar fora do senso-comum. Não que eu concordasse com o tipo de educação que ele queria, porque sou um democrata liberal, e ele é um socialista, mas que a essência de seu desejo comunga com a minha. Ele e eu queremos mais elites.
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