(Publicado em 31 de janeiro de 2012)
Sou casada há 14 anos com um homem bom e sério, trabalhador e honesto, nunca nos deixou faltar nada, não tem vícios e é apaixonado por mim. Mas, não sei por quê, até o jeito de ele respirar me irrita. Não consigo tirar da cabeça o namorado que me deixou e que era o oposto dele: namorador, infiel e tudo de ruim, mas me completava sexualmente. Eu sou um monstro de ingratidão?
Aflita de Bauru
Prezada Aflita,
Você viu o filme “Dona Flor e seus dois maridos”? foi um sucesso tão grande porque atendia o desejo da maioria das mulheres: segurança e paixão. A maior parte das mulheres precisa de muita ajuda, pois criar filhos sozinha é um pesadelo. Você tem essa ajuda de parte do seu marido, que é um “papai” típico. Ao mesmo tempo há dentro de você uma força da natureza que anseia por ter filhos enérgicos, atrevidos e namoradores, que possam produzir dezenas de outras crias, mesmo que não liguem a mínima para elas. Você anseia por um “cafajeste do bem”. Explico: é aquele homem que não está nunca no seu bolso, mas entende e aprova todos os seus desejos sexuais. A pouca atenção que ele te dá é suficiente para te arrebatar, para você querer sempre mais, mesmo adivinhando que não vai ter. Dona Flor tinha o melhor dos dois mundos, não são muitas as que podem ter a sorte dela. Um homem que se entrega 100% a uma mulher tende a ser desprezado. Mas pense bem, você tem a metade da sorte de D. Flor.
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